A crise da pandemia de Covid-19, que ocorreu ainda no final do ano de 2019, trouxe pânico para todos os investidores do mundo inteiro e afetou dramaticamente a Bolsa de Valores Brasileira.
De janeiro a março de 2020, o IBOV partiu de uma máxima de 119.593,10 pontos, para uma mínima de 61.690,53 pontos. Uma perda de 57.902,57 pontos, uma queda de 48,41%.
Apesar do pânico e das incertezas quanto ao que viria a ser esta pandemia, ela também trouxe oportunidades das quais qualquer investidor estaria interessado.
Tanto é verdade, que a Bolsa se valorizou ao longo do restante do ano de 2020 e adentrou ao ano de 2021, para registrar as máximas históricas de 125.323,53 pontos em janeiro de 2021 e 131.190,30 pontos em junho do mesmo ano. Ou seja, uma valorização de 112,65%.
No entanto, após o registro dessas máximas, o Índice registrou quedas sucessivas, perdendo, primeiramente, a linha de suporte construída desde a mínima de 61.690,53 pontos, e marcando a mínima de 100.074,61 pontos.
Esta queda se deve a inúmeras notícias ruins advindas principalmente da economia brasileira (taxa de desemprego alta, taxa de juros aumentando gradativamente, inflação em mais de 10%, dúvidas quanto ao emprego de políticas econômicas e fiscais do governo federal, dólar batendo records em seu valor frente ao real, além de notícias vindas do exterior – EUA e China – que afetam e muito economias emergentes como a do Brasil).
Portanto, diante de tais fatores (e 2022 ainda é ano eleitoral), além de ser possível nos depararmos com todo e qualquer tipo de surpresa que o futuro possa trazer, a perspectiva é de que o Índice Bovespa continue a cair. E é aí que entra a projeção.
Tomando por base as máximas de 125.323,53 pontos e 131.190,30 pontos, podemos observar a formação de um padrão gráfico conhecido pelo nome “Topo Duplo” e sua projeção (linha azul do gráfico) nos leva a crer que o Índice pode chegar a 89.314,77 pontos.
As configurações deste padrão gráfico são: • Tendência principal de alta; • A formação de uma segunda máxima (ponto 3) no mesmo nível da máxima anterior (ponto 1); • Rompimento da tendência de alta (rompimento da linha de suporte); • Efetivo rompimento da mínima formada entre os dois topos (ponto 2); • Retorno dos preços ao suporte rompido agora como resistência (ponto 7).
Veremos o que o IBOV nos reserva nas próximas semanas.
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