BOVA11 - Panorama geral e expectativa futura.

O iShares Ibovespa Fundo de Índice (BOVA11) é um ETF que busca refletir a performance, antes das taxas e despesas, do Índice Bovespa. Foi criado em 2008 e consiste principalmente nas ações que compõem a carteira teórica do Índice.

Em junho/2021 o BOVA11 inicia um tendência baixista que permanece até o presente momento. Neste período observou-se uma depreciação de cerca de 22% no ETF. Deste modo o preço rompeu três suportes e segue respeitando uma clara tendência de baixa. Caso o preço mantenha a tendência de baixa pode-se deduzir que venha buscar o próximo suporte na região de R$90,00. Agora caso o preço rompa e se mantenha na região de preço acima dos R$104,00, pode-se inferir a LTB seja rompida e assim dá-se início a uma nova tendência, de alta, ou mesmo uma possível lateralização.

Segundo Rodrigo Grant em seu artigo para Investing é quase consensual para entusiastas da renda variável que a bolsa brasileira está barata. O principal argumento para tal conclusão é o indicador P/L: se dividirmos o preço em que a ação é negociada pelo lucro atual da empresa, levaríamos X anos para obtermos retorno - contanto, é claro, que ela continue apresentando os mesmos resultados no tocante à lucratividade. Quanto menor esse número, mais barata é a empresa.

Nos últimos 10 anos, o P/L do Ibovespa é de 16x. Atualmente, 8x: ou seja, nesses níveis, teríamos um desconto de 50% na bolsa. Conclui-se então que a bolsa está MUITO barata.

O grande problema desse raciocínio está no fato de que o IBOV nada mais é do que uma média, um referencial. É composto pelas maiores empresas, que possuem maior liquidez e seus componentes são rebalanceados quadrimestralmente.

Porém, média, segundo definições da estatística, é a soma de valores dividida pela quantidade. Como bem exemplifica o professor José Kobori, se você colocar sua cabeça no freezer e seus pés no forno, sua temperatura corporal estará ótima - mesmo você estando morto. E esse é o maior risco para aqueles que creem que a bolsa, genericamente, está barata.

Aos números objetivos, somam-se os aspectos subjetivos.

A análise fundamentalista quantitativa por si só pode trazer uma mapa errado ao investidor. Ela deve servir como parâmetro inicial, sendo responsável por separar o CARO do BARATO, de forma puramente genérica. Os aspectos qualitativos de uma empresa, como sua capacidade de geração de caixa, posicionamento diante da concorrência, qualidade na governança, perenidade do setor na qual está inserida, dependência de fatores macroeconômicos e regulatórios são as variáveis que, somadas aos fundamentos quantitativos, devem avalizar suas tomadas de decisão ao escolher onde investir.





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