A atual crise em que o mundo se encontra, está a meter diversas empresas em dificuldades financeiras obrigando estados a terem de ajudar de forma a impedir que os setores mais atingidos entrem numa situação ainda menos favorável. Estas possíveis dificuldades ou até mesmo falências que poderão existir, podem ser tanto por problemas de solvência como de falta de liquidez (e.g. redução substancial da procura) levando então a um pedido de empréstimos e consequente aumento dos seus passivos.

Este é certamente o caso do setor aéreo português, onde a companhia aérea TAP não é exceção. Depois de uma fase de confinamento social onde não existiu qualquer tráfego, a companhia a anunciou a estratégia de retoma das suas operações para os próximos dois meses.

O plano comunicado tem sido substancialmente criticado por membros de diversos partidos políticos bem como por representantes regionais do setor do turismo. A unânime crítica prende-se à redução do número de voos entre os aeroportos nacionais do país. Do outro lado da razão, vem uma recomendação sensata da União Europeia referindo que não é aconselhável voos vazios de forma a que reduzir um possível aumento de custos desnecessários.

O que falta, no entanto, é compreender o porquê da redução do número de voos. Se a razão for consequente de uma esperada redução da procura, então a decisão da companhia aérea parece adequada; caso contrário, pode afetar o desempenho do setor do turismo e da economia portuguesa. O objetivo tem de ser em alinhar a oferta à futura procura e se isso for realizado de forma apropriada não existirá nenhuma perda para a sociedade nem se poderá dizer que a intervenção do Estado na companhia poderá ter impacto negativo de curto-prazo (o que não invalida que não exista um aumento de impostos como consequência disso no médio e longo-prazos).
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